Nossa saudade não declarada machuca, esgana, incomoda. Ver o sentimento ao léu, como um pobre
cão abandonado é de dar dó. Me vejo cheia de ideias para que tudo volte, mas sem nenhuma força pra puder reverter toda
essa distância em proximidade, todos os maus entendidos em algo claro. A
esperança grita no meu ouvido: “minha filha, para tudo tem um jeito”, e eu
tento tapear ela dizendo: “Hope querida, nosso tempo já passou.” Mas será mesmo
que passou? Será que a vida reservou pra gente só aqueles míseros anos? Que injustiça...Eu te queria para sempre, te ver velhinho seria uma graça! Não acredito que
partiremos por caminhos diferentes, não acredito!
Eu sinto vontade de passar por
cima de tudo que creio, e de dizer a cada pessoa que te julga mal como você é
do bem, como eu acreditaria fácil, fácil em qualquer coisa mirabolante que você
dissesse, talvez hoje não mais, bom, disso eu não sei, tantas coisas mudaram...
Me sinto vivendo numa montanha russa de emoções, hora perto de terra firme,
hora com os cabelos na cara perdida no ar. Eu nunca pensei que uma escolha
carente e desesperada em que eu queria me esquecer, resultaria em todos esses
anos de histórias, sorrisos, dramas, e muitas, muitas lágrimas. Mas não quero
falar sobre isso, não mais uma vez. Quero te dizer que morro de saudades, posso
ser meio fria, mas saiba que isso tudo é uma versão superficial de mim que cansou
de se machucar e prefere ignorar para não ser a idiota de quem todos sentem
pena. Não esqueça que mesmo em meio a isso tudo, a todos os meus textos de
pontos finais, e de indiferença, daqui há 100 anos eu ainda vou lembrar com carinho de tudo. Porque eu
posso ter sido um nada insignificante na sua vida, mas você – ainda não sei se
feliz ou infelizmente – me marcou de uma maneira que até hoje eu não encontrei
palavras que com perfeição descrevam.
Carolina Santana, sendo a idiota que ainda sente saudades, 07 de julho de 2013



Porque no blog eu não posso curtir? :(
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