01 fevereiro 2020

Pra reaprender amar


Você some o mundo fica nublado, escuro, há revelia dentro de mim. Você aparece luzes acendem, pássaros cantam, o amor existe, resiste, revive.
Você que é tão errado e volúvel, me devolve as esperanças e me puxa o tapete. Me dá a mão, o braço, o coração, depois se sai, esvai. Me deixa sozinha com reticências e poesia, com contos incompletos que eu fico de reescrever. Você sorri e me desmonta, me derrete. Você some e eu já não mais sei o que é sonhar.
Queria te olhar e não mais sentir, te ver e mesmo assim partir, porque desde que você chegou eu não sei o que é ser, desde que você luziu eu vejo meus pedaços ficarem pelo caminho.
Você devolveu a intensidade de amar, de ser casa, ser mar dos sentimentos mais nobres e puros mas doa tão pouco que é necessário ir, desvincular, ser casa pra outro mar.
Te quero bem, mas longe. Feliz mas em outra rota. Fico pra sonhar, vou pra reaprender amar.

3 de janeiro de 2017


Nenhum comentário:

Postar um comentário