07 julho 2013

Sendo a idiota que ainda sente saudades


Nossa saudade não declarada machuca, esgana, incomoda. Ver o sentimento ao léu, como um pobre cão abandonado é de dar dó. Me vejo cheia de ideias para que tudo volte,  mas sem nenhuma força pra puder reverter toda essa distância em proximidade, todos os maus entendidos em algo claro. A esperança grita no meu ouvido: “minha filha, para tudo tem um jeito”, e eu tento tapear ela dizendo: “Hope querida, nosso tempo já passou.” Mas será mesmo que passou? Será que a vida reservou pra gente só aqueles míseros anos? Que injustiça...Eu te queria para sempre, te ver velhinho seria uma graça! Não acredito que partiremos por caminhos diferentes, não acredito!
Eu sinto vontade de passar por cima de tudo que creio, e de dizer a cada pessoa que te julga mal como você é do bem, como eu acreditaria fácil, fácil em qualquer coisa mirabolante que você dissesse, talvez hoje não mais, bom, disso eu não sei, tantas coisas mudaram...
Me sinto vivendo numa montanha russa de emoções, hora perto de terra firme, hora com os cabelos na cara perdida no ar. Eu nunca pensei que uma escolha carente e desesperada em que eu queria me esquecer, resultaria em todos esses anos de histórias, sorrisos, dramas, e muitas, muitas lágrimas. Mas não quero falar sobre isso, não mais uma vez. Quero te dizer que morro de saudades, posso ser meio fria, mas saiba que isso tudo é uma versão superficial de mim que cansou de se machucar e prefere ignorar para não ser a idiota de quem todos sentem pena. Não esqueça que mesmo em meio a isso tudo, a todos os meus textos de pontos finais, e de indiferença, daqui há 100 anos eu ainda vou lembrar com carinho de tudo. Porque eu posso ter sido um nada insignificante na sua vida, mas você – ainda não sei se feliz ou infelizmente – me marcou de uma maneira que até hoje eu não encontrei palavras que com perfeição descrevam.

Carolina Santana, sendo a idiota que ainda sente saudades, 07 de julho de 2013
 


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