07 abril 2021
Músicas sobre o amor
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17 fevereiro 2021
Essa nossa troca
A gente troca e nessa troca eu sei que sou menos. Nessa troca sei que você não é mais, mas já era, eu ja tô dentro. Já me joguei de corpo e alma, enquanto minha mente me diz que o caminho é perigoso.
Meu coração, no entanto, me lembra que está tudo bem, já que a gente tá em tempos diferentes. Mas sabe o que eu queria? Queria que estivéssemos juntos nesse verão. Os corpos colados, enlaçados num abraço. Os risos misturados, os assuntos leves e profundos. Queria retina com retina, pupila dilatada, coração num mesmo compasso. Queria desenhar teu rosto com meus dedos e beijar cada espaço e ser beijada em cada vão. Queria a gente esquecendo do tempo, falando línguas diferentes, num idioma universal afim.
Queria esquecer nossas diferenças e toda essa impossibilidade que, por fim, você me enxergasse por dentro, me visse de verdade. Queria mudar tuas concepções equivocadas e cuidar de você. Te colocar no colo, chorar junto e me permitir pela primeira vez ser cuidada, ser querida.
Queria que você viesse, mas só se fosse pra ficar, porque se esse nó chamado nós acontecesse, a vida não poderia voltar atrás, a gente tinha que seguir junto pra sempre. É, aqui é hipérbole e intensidade pura, e uma dose de devaneio, é claro, não posso esquecer.
Hoje, no aqui e agora, te quero com força e inteiro, mas deixo pros meus sonhos já que a realidade é dura.
Escrevo isso pra me lembrar a loucura que foi desejar transformar a impossibilidade em realidade, pra lembrar que esse coração anda num caminho só dele, batendo por quem quer, pra lembrar que essa troca viveu e foi sincera até um dia que deixará de ser.
Carolina Santana, 09 de fevereiro de 2021
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15 fevereiro 2021
Uma não história de amor
Quando o assunto estava morrendo, tratei de te chamar pra mais perto, afinal, eu não podia te perder de vista. Lembro que postei uma selfie e você disse que realmente eu era bonita, mas aí eu queria mais e você me deu. Eu abri, você abriu, eu sonhei, mesmo sabendo que era impossível.
Eu poderia estar escrevendo uma história de amor se eu tivesse mais sorte. Você poderia ser aqueles tipos cheios de fé. Praieiro que pensava em sossegar um dia, e porque não comigo? Se tudo fosse profundamente diferente talvez desse certo, mas você é bandoleiro, crossfiteiro e biscoiteiro. O biscoito a gente compartilha, mas todo o resto não cabe, destrói a história de amor que eu escrevi e queria viver.
Neste conto, sou só mais uma na sua lista de várias e intermináveis. Provavelmente mais uma sem muito destaque ou lembrança, alguém que se apaixonou pelo teu riso doce, pelos teus olhos tão únicos e especiais, por esse teu jeito de olhar tão singular.
Lembrar como te conheci é constatar como o mundo é de fato doido, que tudo pode mudar de repente e que todo o estereótipo que sempre rejeitei me conquistou e levou meu coração sem pedir resgate.
Um dia, provavelmente, tudo isso que ferve dentro de mim vai virar apenas uma história de quando uma pandemia atacou a terra e a gente ficou tempo demais olhando pra tela de um celular. Até lá fico te olhando nas fotos que eu salvei, imaginando que a vida é possível e que ficaria te fitando e sonhando com essa não história de amor por uma eternidade.
Carolina Santana, 13 de fevereiro de 2021
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