"As melhores coisas da vida não são coisas."
Quando eu era pequena tinha muitos sonhos. Coisas grandes como conhecer outros países e pequenas como ter o celular da moda. Quando a gente vai crescendo o hoje se torna cada vez mais urgente. Queremos ter as coisas para já.
Adolescente é um bicho muito imediatista, quer ter, quer impressionar, quer ter para impressionar. Comigo não foi diferente. Muitas coisas que eu quis eu tive, se eu fui feliz como achei que seria ao tê-las? Não!
Lembro de várias vezes depositar minha satisfação nestas coisas e nunca alcançá-la por comprovar que o contentamento não vem disso, mas de dentro.
Se eu te disser que você precisa ser grato pelo que tem e seguir feliz assobiando vai soar muito piegas, eu sei, por que não é assim que funciona.
A vida bem vivida não tem manual, não dá para seguir um tutorial, se fosse assim ia ser muito fácil e o que essa vida é pode ser nomeada de tudo menos de fácil.
Eu não tenho o segredo do "viver contente" - infelizmente - mas tenho um conselho de quem tem tentado: pense a respeito do que você tem de bom. Reflita em tudo de imaterial que está em sua vida e te faz bem. Lembre alguma situação em que uma palavra, um abraço ou um gesto fez as coisas voltarem para o lugar.
Eu me lembro de um dia em que estava na praia olhando o céu e me senti tão feliz, tão em paz... São momentos que o dinheiro não compra, são instantes que trazem sentido e conforto e, sabe, isso está disponível mas a gente precisa ser sensível e leve para viver.
E como ser assim? Cada pessoa tem sua maneira. Entendemos de política, astrologia, meio ambiente e não nos conhecemos. Se conheça! Não tem um guia mas tem primeiro passo: olhar para dentro.
O que importa vem de lá, vai por mim.
Carolina Santana, 06 de outubro de 2017
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