Num piscar de olhos já não somos mais os mesmos. Pintamos sonhos, tecemos planos, o tempo voa, o plano muda e tudo, em segundos, soa tão diferente.
Um sorriso, olhos marejados, poesia, já não são. As estrelas bailarinas, um presente, composições... Inspiração não existe, não resiste, em pouco tempo destoa e murcha, não mais vão.
E o que fica? Resta alguma nota, fagulha de canção? Tom, acorde, refrão?
Não resta nada e nem precisa sobrar.
Bom mesmo é começar do zero, com coragem e ousadia. Refazer, recomeçar, reinventar, redescobrir. Os anos nos cegam às vezes, faz a gente se perder e navegar pra longe do que é real, pra longe do que de fato somos.
Se perder é comum, se achar é arte e, nessa vida, ser artista é fundamental!
É lindo se achar no mundo, ouvir sem pressa pelo que o coração bate, pelo que as mãos tremem.
É lindo não precisar suprir ou superar as expectativas de ninguém, só abrir as asas bem livres e alçar voo.
A metamorfose é crise mas é vida, paz nos riscos, certeza na insegurança.
Vale a pena, o coração conclui.
Carolina Santana, meados de setembro/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário