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"Tudo deu certo. Uma vida e um amor. O amor da minha vida. O que eu mais poderia querer?
Era o fim. Da dor, da angústia, da espera. Era o começo da era, do conto, da minha história.
Meu peito estava inebriado de alegria, tanto que perdi a fome. Eu tremia, eu sorria, eu implorava pra que a indiferença partisse, voasse pra longe. E voou. Fiz de conta que toda ignorância era carinho.
Me enrosquei num abraço, num beijo, em outro abraço e sorri.
Era o fim de todo atrapalho. Era começo do romance, de perrengues também, mas seriam percalços abafados pela emoção do mar, do amar.
Segundos, conversas, mensagens e um buraco no chão, na alma um vão.
Faltavam respostas, sobrava solidão, inquietude, fastio, sermão. Era o fim. Depois de um dia de sins, se encerrava ali a alegria daquele vigésimo sexto dia que a vida fez questão de me dar.
As lágrimas, depois da revelia, se tornaram força pra ir além. Com o peito vestido de coragem caí na pista pra sorrir, afinal. Às vezes começos e fins se trumbicam, se estapeiam e embravessem.
Ao final os teimosos zeram o jogo e, mesmo que com marcas das peleias, carregam em si o trunfo de não se deixar levar por momentos.
Tudo deu errado, mas o mesmo tudo me disse que ele PASSA.
Xiii... passou!"
Carolina Santana, Tudo deu, aconteceu, 10 de setembro de 2016 00:50
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