Eu olho pela persiana o sol meio borrado que ilumina tudo de leve, e vem uma brisa tão doce lá de fora que mais parece final de outono, e eu lembro que nos meus fins de estações você sempre está presente. Nas minhas gavetas, nos meus cadernos, nas minhas prateleiras empoeiradas, no meu coração... Porque para mim papel e caneta é fábrica de te descrever, de te desenhar, de nos imaginar, de te amar. Pois foi você que coloriu a minha estrada de corações partidos, você que compartilhou comigo o primeiro sorriso do ano, você que me lembrou como é segurar na mão e passar nervoso de tanto que se ama. Você despertou em mim o que o tempo havia afogado, havia enterrado. Foi você quem me ensinou a sorrir e a ser malvada de um jeito bonzinho, por que você é muito bonzinho de um jeito malvado, e a gente morre de rir junto e fica sério de novo, porque nós dois juntos somos bipolaridade de emoções.
Hoje é o último dia da primavera e você está mais uma vez presente nos meus fins de estações, e que seja assim pra sempre, porque você é ganho, é sorriso, é amor, é pra sempre. Meu amor pra sempre...
Carolina Santana, 20 de dezembro de 2011
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