25 abril 2013

O último texto.


Se um dia me dissessem que eu tinha de parar de escrever e só poderia o fazer mais uma vez, o texto teria páginas. Diria pela primeira vez tudo o que sinto abertamente, citaria nomes. Pessoas que me alegraram e me magoaram estariam descritas. Desabafaria! Pediria desculpas as pessoas que magoei, aquelas a quem afrontei ou atingi por e sem querer. Falaria de coisas que senti, de como foram difíceis alguns momentos da minha vida. Diria também que muitas vezes quis acertar e errei. Não raro isso acontece comigo. Falaria que todos os textos desse blog nunca foram destinados a ferir nem a elevar alguém, contaria que tudo que escrevi aqui foi uma forma de desabafo, de expor da maneira que pude quem eu sou de verdade, sem máscaras, nem essa de “fingir que estou bem”.  Agradeceria a quem me estendeu a mão nos meus momentos ruins e a quem riu comigo quando eu estava bem. Falaria das pessoas importantes pra mim, eu os elogiaria e tentaria expor tudo que eu mais gosto em cada um. Diria também que sou imperfeita e que gostaria de puder apagar os erros que cometi com certas pessoas. Reconheceria que errei, que muitas vezes fui falsa, mesquinha, egoísta, quis tudo só pra mim, pro meu bem, quando sabia que não era o certo.  Contaria como sempre quis ficar bem com todos, como sempre quis ser amiga, ser parceira, ser aquela que faz bem, mas também diria que no caminho descobri que não dá pra ser assim, não todo tempo, porque erramos. Todos nós erramos. No mais incentivaria a quem lesse meu último texto a ser o melhor que puder. A seguir seus princípios, os incentivaria a estender a mão a quem precisa independente de quem seja pensando sempre: “E se fosse eu?” Diria pra que amassem independente de ser amado em troca, que fizessem bem mesmo que lhe retribuam com mal, falaria do exemplo de Cristo que deu seu tudo por nós. Terminaria desejando que um sorriso pudesse brotar em seus rostos, e torcendo pra que de alguma forma o texto tivesse aberto seus olhos, e que assim, ainda que pouco, pudesse ser melhores, pudessem ser realmente felizes.

Carolina Santana, 26/abr/2013


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