Se for pra te olhar e falar de você, faltariam caracteres,
faltaria espaço no meu hd, faltariam palavras e adjetivos. Você é complexo.
Você é sorriso no fim de tarde, você é o drama da madrugada, você é o bom dia
da manhã fria. Você é o poema com rimas, é o encanto das melodias. Você é o
desenho bem acabado, a unha bem feita, o cabelo bem penteado... Você é o
perfume que exala do meu pescoço, o abraço apertado que se dá em quem ama. Você
é a palavra sofisticada, é a roupa nova que cheira bem, você é o dinheiro
esquecido no bolso que a gente no de repente acha. Você é aquele momento nada
de fabuloso, mas que faz toda a diferença, você é aquele detalhe que deixa todo
mundo com um sorriso bobo no rosto. Você é esse texto, você é aquela camisa
preta com o símbolo branco que eu tanto amei naquele ano que nos conhecemos (mesmo
te conhecendo sempre). Você é aquele pôr do sol de 2005 quando eu deixei de te
achar “o chato dos meus atrasos”. Você é a sua casa esquisita que eu achei tão
legal e quis visitar mais vezes. Você é aquele soneto de outubro de 2010 quando
eu finalmente me toquei que te amava e também aquele agosto de 2011 quando
percebi que estava numa enrascada justamente por te amar. Tudo isso se passou,
ainda que esteja guardado em mim, ainda que de vez em quando eu lembre e sinta
como se borboletas quisessem sair pela minha boca, ainda que no fundo algo
exista no meu peito. Passou. Mas marcou, criou uma forma no meu coração, uma
forma difícil de esquecer, uma forma que eu quero lembrar e guardar em mim pra
sempre.
Carolina Santana, 25/abr/2013


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