18 abril 2013

Como nomear?



A vida não é a mesma, meu coração não é o mesmo. A dor é grande mas eu já consigo disfarçá-la com sorrisos estéricos. Mas não dá pra negar, meus amigos sabem e toda vez perguntam: "porque enchesse os olhos de lágrimas?" E a resposta é sempre a mesma: "Eu? Tô chorando não..." É involuntário! Por que mesmo que eu disfarce bem, e até consiga soltar das minhas gargalhadas por aí, só eu e Deus sabemos como a dor ainda é presente, ainda é constante. Só eu e Deus sabemos como ainda sangra, como eu penso nisso tudo e choro por dentro. Entrego nas mãos de Deus minha vida, meus planos, essa dor, na certeza que um dia passa, mas sabendo que tudo é no tempo dEle! E enquanto eu espero, penso mil coisas, ouço mil músicas e tais me lembram quando esse amor ainda era possível, lembro do comecinho em que tudo era tão infantil, tão "conto de fadas", que saudade me deu daquele tempo que não voltará jamais.
Eu amadureci tanto com esse tempo. Meus textos não são iguais aos de dois anos atrás, meus sentimentos, pensamentos, meus sonhos não são os mesmos, é tudo diferente, mas incrível, o amor nunca passou, só cresceu. Sei que agora amá-lo é um crime, é errado, mas se eu controlasse seria bom. 
Se amor é razão, eu não o amo, mas como chamar algo tão grande como isso eu sinto?

- Carolina Santana meados de fevereiro, 2012.


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