Foi pelo teu sorriso no doce verão que eu me encantei.
Depois os dias daquele ano amargo mostrara que você chegou pra ficar e fazer
mudanças. Mudei, em parte por mim e consequentemente pra ser melhor pra você,
por você. Será que eu consegui? Me sinto uma pessoa melhor, mas me dei conta,
depois dos meus esforços, que não consegui chegar ao seu nível, mesmo que lá no
fundo eu ache que subi demais e você não pôde alcançar o meu. Aí depois de
tantos "tudos", quando a pedra do fim vinha chegando, foi você quem mudou, e eu
jurando que foi por mim... Você e o céu daqueles primeiros minutos de janeiro,
de um novo ano, me fizeram crer de novo que o amor era pra o meu bico, e da
janela do meu quarto eu vi amanhecer uma esperança alaranjada pra nós dois. Mas
aquele começo de março me fez afogar mais uma vez a minha esperança porque seus
olhos brilhavam a cada esquina e eu era esquecida num banquinho de solidão. E
esse foi um ano de altos e baixos, montanha russa. Te tive perto, depois longe,
e foi assim até uma noite fria de novembro, (lembro de todas nossas datas com
precisão) que você demonstrou com seu coração partido que me queria na sua
vida, e eu fui a pessoa mais feliz do mundo pelos próximos 2 meses que
sucederam aquele momento mágico que você sorriu pra mim, dizendo que estava
tudo bem outra vez, e me falando com os olhos pra eu apostar minhas fichas de
novo em você, porque daria certo. Quase deixei minha feminilidade de lado e ajoelhei pra te pedir em
namoro, mas no fim do dia seus pensamentos vagaram buscando outro sorriso,
preocupando-se com outro olhar. Fiquei insegura e um tempinho depois uma frase sua
quebrou minhas pernas e no dia seguinte que sucedeu aquele sábado ensolarado seu
comentário desesperado quebrou meu coração. E essa é a história de quem vos
escreve agora. Dessa menina tão frágil que virou amiga das madrugadas,
companheira das olheiras e da insônia. Da pateta poeta meio boba, muito besta
que por causa de um 16 de fevereiro mal pensado se tornou tão forte, tão
inabalável, ainda que estremecível. Essa é história de uma menina que dedicou
2, quase 3 anos da sua vida em escrever uma história dos sonhos que não
aconteceu. Mas que se promete nessa noite fria de dezembro que 2013 não haverá vestígios
de dor nem de lágrimas. Ela aprendeu que passado se deixa atrás, feridas se
curam, amores passam e tem vida mais na frente, vida feliz que ela a partir de
hoje, quando se viu cheia de motivos pra lamentar e sorriu, decidiu agarrar e
não soltar mais.
- Carolina Santana 16/dez/2012
P.S.: Eu me sinto muito orgulhosa de mim. É isso!
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