26 janeiro 2013

A vida é assim mesmo: seu adeus e coisas da vida


Hoje eu te escrevo tão mais madura do que naquele dia que nos conhecemos, diria até que quem fala aqui é uma versão 2.0 de mim. Tanta coisa aconteceu... Fomo felizes, tristes, amigos, inimigos, essenciais na vida um do outro, qualquer coisa insignificante, enfim, fomos muito e pouco, uma montanha russa de estados emotivos.

Em cada um deles, com um sorriso estampado no rosto ou não, eu te amei. Cada milésimo de segundo eu desejei que você fosse feliz, que deixasse de besteira, de orgulho disfarçado entre brincadeiras, e viesse ser feliz do meu lado. Quantas vezes desejei isso em meio a uma esperança afogada, meio soterrada, esquecida, mas, ainda assim, latente aqui no meu peito.

Hoje, quando me vejo tão realizada em certas áreas da minha vida, olho pro lado e você não está, lembro que se fosse há um tempo comemoraríamos os "tantos tudos" que eu conquistei, mas você se quer da importância. Eu posso chegar com uma melancia enfiada na cabeça e você nem vai notar.

Eu lembro de cada promessa, cada frase que você me disse, cada carinho que você me deu, cada gesto que você fez e noto como fui ingênua em acreditar que tudo aquilo seria verdade, como eu fui ingênua em pensar que aquilo tudo teria validade até o meu último suspiro de vida. Eu nem cheguei a maioridade e você logo brincou de me deixar, mas me disseram que a vida é assim mesmo.

Vejo meus amigos sofrendo e expondo suas dores no Facebook e sabe o que eu faço? Sorrio e dou um suspiro longo, falo a eles o que me disseram quando vi o meu mundo cair: Isso é coisa da vida. Das tantas coisas que aprendi com a sua presença e ausência essa foi a que ficou mais gravada em mim, foi a que causou insônia, incomodou, custou para que eu aprendesse, mas enfim acho que consegui.

 Percebi que te ter perto, te ter longe, ler as tuas bobagens, sorrir com as nossas lembranças,  olhar aquela foto e sofrer - por saber que nunca mais repetiremos aquelas loucuras tão nossas e tão presentes em mim - te olhar de canto, de perfil, fingir sua inexistência, enfim, percebi que tudo isso é assim mesmo, são coisas da vida. Doeu, mas eu aprendi. Sangrou, machuca até hoje mas me conformei.
As coisas de fato são assim.

Carolina Santana, 27 de janeiro de 2013





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